Dizem por aí que a felicidade está dentro de nós, eu discordo. Percebi aos poucos que a minha felicidade está em ver os outros felizes. Dizem também para não nos desesperamos, pois, sempre haverá uma luz no fim do túnel. Mas afinal que luz é essa?
Saem notícias em jornais, revistas e noticiários sobre a diminuição da pobreza, do crescimento da educação, da redução dos índices de fome e miséria, mas o que parece é que são números fictícios, porque os quadros que a realidade pinta não condizem os números das pesquisas e censos.
Então pessoas se sensibilizam e decidem ajudá-los, fazer a diferença. Eu sou uma delas. Ver meus semelhantes sofrendo me faz morrer um pouco a cada instante. Sei que a maioria dos jovens está querendo gozar a vida, e comigo não é diferente. Entretanto, o meu modo de gozar a vida é que talvez seja diferente.
Desde pequena sempre fui ensinada a pensar no próximo, e isso não tem nada a ver com ensinamentos religiosos, tem a ver com a minha paz de espírito e com o peso da minha consciência ao colocar a cabeça no travesseiro, e lembrar que ignorando a realidade que nos ronda estou, de alguma forma, contribuindo para a falta de esperança de vida de muitos.
Ver crianças chorando de fome e usando drogas me traz uma enorme tristeza. Talvez todos vocês sintam isso, mas o que vocês sentem quando ignoram essa realidade? Eu, sinceramente não sei qual é o sentimento de colocar a mão sobre os olhos e fingir não ver.
Encerro esse post com uma frase para refletir.
"O mundo precisa de justiça, não de caridade."
Mary Shelley